sábado, 4 de abril de 2015

Lixo, muito lixo!

Estas monstruosidades utilizadas para coleta de lixo urbano são exatamente isso: monstruosidades! Em lugares civilizados, eles estão em vielas, escondidos atrás dos prédios e, eventualmente, em algum pátio de manobras e coisas parecidas. Aqui no Brasil, importaram estas coisas para colocar no meio das calçadas, na frente de residências, em lugares que atrapalham, geram mais sujeira do que recolhem e transformaram a cidade em uma imensa lixeira.

Para piorar as coisas, são objeto de "mineração" por parte de drogados e afins que, nas madrugadas, retiram tudo que podem e atiram sobre as calçadas, para ver se encontram algo que possa render uma ou duas pedras. Não me refiro aos catadores que trabalham durante o dia e que, quase todos, mantém o entorno limpo.

Mas a imagem é sintomática. Em Pelotas, lixo tem prioridade sobre pedestre!


quinta-feira, 2 de abril de 2015

ônibus obrigados a terem cobradores - isso é bom para os usuários?

A classe rodoviária prepara movimentação e greve. Muito bem, defende seus direitos e é organizada através do seu sindicato. Mas eles vão além, exigiram - e conseguiram - fazer com que a licitação de ônibus em Pelotas tenha uma cláusula que obriga as empresas a terem cobradores, impedindo a instalação de catracas automáticas. Fico pensando porque a sociedade precisa manter uma categoria que não tem razão de existir e que quem paga isso é o usuário. Será que, em nome de uma redução de custos e consequente redução de tarifas, não seria melhor termos este tipo de transporte? Sem dinheiro na caixa os ônibus - e seus usuários - não estariam mais seguros?

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

As árvores e o progresso

Recentemente foi cortada uma árvore na rua Uruguai esquina Almirante Barroso. Era um jacarandá relativamente jovem e saudável. Árvore em plena floração que deveria estar incomodando algum condomínio da vizinhança com sua poluição de flores e folhas.

A equipe que lá esteve, teve o cuidado de não retirar a árvore do local, deixando para as pessoas julgarem o estado de saúde do exemplar. Vejam nas fotos a seguir, retiradas da internet, a constatação de que não havia qualquer motivo sanitário para a retirada da árvore:





Esta última foto foi publicada no Diário Popular.

A SQA - Secretaria da Qualidade Ambiental, seguiu alegando que a árvore tinha problemas sanitários. Vejam nas fotos que é uma inverdade. Vejam, também, que a calçada não estava sendo prejudicada, que é larga o suficiente para cadeirantes (outra desculpa utilizada) e que não há fios sobre este lado da via.

Infelizmente, o que vemos na nossa pobre cidade, é o descaso com o ajardinamento público. Nesta época, por exemplo, está sendo realizada a poda anual de árvores. Ora, a melhor época para isso é o inverno, como sabe qualquer guri do segundo grau. E muitas destas árvores não precisam de podas. Mas marca-se uma rua e larga-se uma equipe de pessoas sem treinamento algum, com motosserras, a destruir o pouco que temos.

A prefeitura não se manifestou, a SQA apagou a página deles do Facebook, o secretário ainda é secretário e o prefeito não quer saber destas coisas pequenas.

domingo, 2 de junho de 2013

Coronel Pedro Osório

O Coronel é uma figura a quem Pelotas deve muito do seu desenvolvimento. A industrialização pelotense praticamente nasceu com seu engenho e com os equipamentos utilizados nas suas lavouras de arroz. Era uma figura com uma grande visão de futuro e que contribuiu para que Pelotas tivesse um brilho que se apagou ao longo do tempo. Caringi imortalizou o Coronel em Bronze, na praça que tem seu nome. Uma bela obra de arte que só não foi destruída porque feita de pedra e bronze maciço. Mas está largada, suja, pichada, atestando que esta cidade não valoriza sua história nem seus antepassados, aí incluídos Caringi e Pedro Osório.

Hoje a Praça Coronel Pedro Osório está bonita, mas ainda tem coisas a serem feitas, como caminhos internos, limpeza dos monumentos, recuperação de alguns outros, como o Dr. José Brusque, também de autoria de Caringi, que teve seus dedos (!!!) quebrados e roubados e placas diversas que também foram roubadas. Falta, também, cercar a praça inteira para evitar que vândalos estúpidos depredem o patrimônio histórico e cultural que lá reside. Claro que também falta que a estupidez pública e privada admitirem que cercar a praça não é retirá-la do povo. Ao contrário, seria a redenção de um espaço a salvo dos marginais.

Na próxima vez que passares pela praça, para e analise a obra de Caringi. É de uma beleza singular, que merece ser apreciada nos mínimos detalhes. E protegida do vandalismo imbecil.





E a inauguração do monumento, em 1954

Para saber mais sobre Caringi, visite este site: http://www.vivaocharque.com.br/interativo/artigo24


sábado, 1 de junho de 2013

A Praça Abandonada - e feia

Lugares civilizados cuidam de seus espaços urbanos, principalmente as praças, jardins públicos e parques. Pois em Pelotas, temos um espaço enorme, central, que já foi muito bonito e utilizado pela comunidade, hoje relegado a um plano absolutamente inferior.

Falo do Parque D. Antônio Zattera, que já foi Praça Júlio de Castilhos, com mini-zoo e espaço fechado para crianças pequenas brincarem. Até um colégio e uma escolinha de artes já teve por ali. Como a troca de nomes não é suficiente para dar vida ao espaço público, mostramos algumas imagens do que representa, atualmente, este ex-belo parque.

 Busto de Duque de Caxias, mais parecendo uma cabeça encolhida...

 "Caminhos" dentro da praça, depois de uma pequena chuva. Ou, quem sabe, a idéia é ser trilhas selvagens?

 "Monumento" (???) à Bíblia!!! WTF! Esse poderia ser um monumento ao filme 2001, quem sabe, mas o que tem a ver com a Bíblia? E quem autoriza este barbarismo estético em um espaço público?

o entorno...

Na verdade, a última foto mostra que não só o parque esbanja feiúra, mas seu entorno também. Vejam que exemplos de arquitetura encontram-se no outro lado e a utilização do centro da Av. Bento Gonçalves, com carros e mais carros, além das velhas árvores praticamente sufocadas pelo piso mal feito, desnivelado e feio que lá está.

O governo anterior até começou a fazer alguma melhoria, com uma passarela bem feita e planejada, mas que não resistiu ao ataque de skatistas, ciclistas e outras tribos diversas. Outro dia, o Olhar vai passear e fotografar aquelas bandas. De preferência em um dia de sol, para que não pareça tão feia como é.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A Praça das Carretas e a Praça dos Enforcados

Muitos não gostaram, mas o novo camelódromo (PopCenter) ficou muito bom. Limpo, seguro e muito mais bonito. A empresa que está administrando tinha mais algumas responsabilidades, por contrato. Uma delas era a adoção da praça "dos Enforcados", ali do lado. Iam fazer caminhos, reformar a fonte, acomodar os jardins. Iam! Alguma besta quadrada resolveu que ali era um sítio arqueológico e interditaram as obras.

Bueno, quais eram as obras que tanto incomodaram os especialistas? Singelos caminhos de concreto, sem alteração alguma no tal sítio e facilmente removíveis no dia em que algum estudioso resolvesse fazer algum tipo de prospecção por ali. Não fizeram nos últimos 100 anos, não farão nos próximos... mas impediram o povo de ter sua bela praça novamente em condições de uso.

Apenas para registro, algumas fotos mostram os caminhos inacabados e o estado em que se encontra a fonte, com seus cinco postes de ferro fundido desaparecidos, sumidos, roubados.

Esta é a realidade de nossa cidade. Um professor que se acredita especialista em alguma coisa, errou em duas coisas:

A primeira, é que as obras não fariam nenhuma interferência no tal sítio que, segundo soubemos, seria a "Praça das Carretas" e de grande interesse arqueológico (pausa para rir);

A segunda, é que a "Praça das Carretas" era do outro lado do arroio, exatamente onde hoje está sendo construído o estacionamento do Pop Center. Além de irresponsável, é mal informado...

Fiquem com as fotos e vejam o estado que este professor quer a cidade.






sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Laranjal, doce Laranjal

Nossa praia é realmente uma beleza. Areia grossa que, mesmo com vento forte, não forma nuvens. Águas tépidas e de baixa profundidade, sendo agradável para toda a família, sem riscos de afogamento. O calçadão recentemente reformado propicia aos pelotenses um local aprazível para caminhar e correr. Bancos em toda a orla permitem o descanso e tem até equipamentos de ginástica!

Mas faltam banheiros na orla. A saída é pedir aos comerciantes, mas nem sempre eles estão dispostos a emprestar a não clientes. E é um problema sério que, ano após ano, a prefeitura enfrenta com os tradicionais banheiros químicos.

A prefeitura iniciou a construção de um banheiro simples, mas que daria conforto aos usuários do balneário. No entanto, segundo o Diário Popular de 10/11/11, "A Justiça Federal do Estado determinou a suspensão da construção de banheiros públicos na faixa de areia da Praia do Laranjal. A decisão do juiz Everson Guimarães Silva, da 2ª Vara Federal de Pelotas, também condenou o município gaúcho a providenciar a demolição das construções parcialmente edificadas no local. A sentença, divulgada na terça-feira (8), confirmou a liminar concedida em abril do ano passado, impedindo o prosseguimento das obras nas areias do balneário".

Hoje pela manhã, estivemos na praia para fotografar a obra inacabada:

Seria uma atitude salutar que nada houvesse sobre as areias do Laranja. Talvez o juiz esteja com a razão sobre o assunto e não possamos ter nenhum tipo de edificação sobre a orla, declarada por ele como orla marítima pela proximidade do oceano. Nem precisaria dizer isso, pois todos os cursos d'água são área de marinha, afinal.

Mas, passeando pela orla, junto ao nosso renovado calçadão, encontramos algumas coisas estranhas. Entre elas, estas que estão representadas pelas fotos a seguir:


Seria ótimo se a Justiça Federal mandasse demolir estas monstruosidades que além de enfeiar a orla, constituem-se em residências, com direito a garagem e tudo mais. Fica uma dúvida, onde estarão sendo despejados os dejetos destas construções? Qual o padrão de higiene que apresentam para seus consumidores?

Fica o registro do Olhar sobre Pelotas. Não podemos ter os banheiros? ok, então promovam a demolição das outras construções irregulares que lá estão, há anos!